O programa dos 6 R’s mostra-se eficaz para reduzir os sintomas intestinais da inflamação, tanto em pessoas saudáveis como em doenças inflamatórias intestinais.
O que é um intestino inflamado?
Sendo o principal órgão de absorção de nutrientes, o intestino tem contato direto com o mundo externo, por receber os alimentos que ingerimos no dia-a-dia. Dependendo da base alimentar, o intestino pode inflamar devido as alterações da microbiota intestinal, que quando alterada, muda a qualidade das bactérias e altera totalmente a imunidade, dificultado a defesa do organismo.
Quais são os sintomas?
Os principais sintomas de um intestino inflamado são: constipação, diarreia, estufamento, gases, dores de cabeça, erupções na pele, dores intestinais.
O que leva o intestino a inflamar?
Quando falamos de pessoas saudáveis, o intestino pode vir a inflamar dependendo da qualidade da alimentação. Uma dieta inflamatória se dá pela presença em excesso de gordura saturada, trans, açúcar e farinhas.
Já nas doenças inflamatórias intestinais, como diverticulite, doença de crohn, retocolite e síndrome do intestino irritável, a etiologia é desconhecida, mas a genética e o ambiente em que a pessoa vive pode influenciar.
Como tratar o intestino inflamado?
O tratamento é bem particular, dependendo dos sintomas de cada pessoa, porém uma dieta anti-inflamatória, rica em frutas como banana, maçã, morango, amoras; vegetais como cenoura, brócolis, repolho, rúcula; gorduras boas como azeite de oliva, nozes, castanhas, abacate é recomendado.
Além disso, ter conhecimento dos alimentos ricos em FODMAPs pode ajudar e muito na flatulência, por serem um grupo de carboidratos fermentados, como feijões, farinhas, mel, melancia e damasco.
Para fazer o tratamento, utilizamos o programa dos 6R’s, sendo:
- Remover: patógenos (plástico), xenobióticos (agrotóxicos) e alimentos alergênicos (leite, glúten, ovos, amendoim). A parte de remover será bem particular, não é necessário remover tudo e sim adaptar para cada pessoa e seus sintomas;
- Recolocar: enzimas digestivas, podendo ser usando alimentos que ajudam na digestão como abacaxi e mamão, chás como hortelã e gengibre. Usar temperos com ação antimicrobiana como orégano, óleo de alho, óleo de coco, louro, tomilho, coentro, alecrim, chá de anis-estrelado, canela.
- Reparar: dieta pouco irritativa e nutrientes para o reparo como vitamina D, zinco, ômega-3, glutamina.
- Reinocular: prébióticos como biomassa de banana verde, farelo de aveia, frutas e vegetais e probióticos, em suplementos ou nos alimentos fermentados como kefir e kombucha.
- Reequilibrar: ter atenção ao estilo de vida, melhorar estresse, sono, exercícios.
- Reavaliar: para verificar o que já melhorou e o que ainda é necessário trabalhar. Neste quesito, a utilização do diário alimentar é uma boa alternativa.
Por onde começar?
Para ter um tratamento eficaz e personalizado para você, é importante consultar com nutricionista e médico especializado.
Nutricionista Antônia Bianchi – CRN 10: 7963