Relação Intestino e Cérebro - Antônia Bianchi

Relação Intestino e Cérebro

Resumo

A formação da microbiota intestinal começa desde a gestação. O contato com as bactérias da mãe (fecais e intestinais), o tipo de parto e o aleitamento materno decidem como será a colonização de bactérias intestinais no início da vida. 

Durante a vida, a pessoa pode modificar essa microbiota, dependendo do estilo de vida, higiene, uso de medicamentos, hábitos alimentares e saúde mental.

A comunicação entre o intestino e cérebro é uma via de mão dupla, o controle central das funções intestinais é fornecido pelo Nervo Vago (NV), já o intestino, comunica-se através das bactérias intestinais.

A microbiota intestinal tem um papel fundamental na relação entre o intestino e o cérebro, influenciando na capacidade cognitiva, memória, aprendizagem, humor e o comportamento, através de neurotransmissores, como serotonina, melatonina, acetilcolina e GABA. A interação intestino-cérebro é tão intensa que aproximadamente 90% da serotonina e 50% da dopamina são produzidos pelas bactérias do seu intestino.

Sabe-se hoje que, alterações psíquicas podem interferir em processos digestivos, absortivos, secretivos e de saciedade. A via contrária também mostra-se real, onde condições inflamatórias intestinais relacionam-se com alterações psíquicas como tomadas de decisões, afeto, humor e saciedade.  

Podemos comparar esse processo a uma espécie de linha telefônica. Essa via de comunicação entre o intestino e o sistema nervoso é chamada de “eixo intestino-cérebro”. E, cada vez mais, as pesquisas têm comprovado que alterações nesse sistema estão diretamente ligadas a uma série de doenças, como depressão, ansiedade, distúrbios gastrointestinais, obesidade, Síndrome do Intestino Irritável, dependências, doença de Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e o câncer. 

É fato que a microbiota de pessoas com as doenças citadas acima tem uma microbiota com mais bactérias inflamatórias e maléficas para o organismo do que pessoas saudáveis. Neste sentido, percebemos que para o tratamento destas desordens, é imprescindível a utilização de uma boa estratégia nutricional focada para a saúde intestinal.

Hábitos do dia-a-dia, como a ingestão de muitos alimentos ricos em açúcares e carboidratos e/ou gorduras hidrogenadas, o estilo de vida ou uso de medicamentos contínuos prejudicam as bactérias intestinais, reduzem a produção de serotonina e alteram a comunicação entre o intestino e o cérebro.

A dieta ocidental, rica em gorduras saturadas e açúcares prejudica a composição da microbiota, trazendo impactos neuropsicológicos, aumentando a  neuroinflamação e por fim levando ao declínio cognitivo e depressão.

Padrões alimentares saudáveis, como a dieta do mediterrâneo, melhoram a microbiota e reduzem a inflamação, contribuindo assim para a melhora dos sintomas depressivos.

Para ter uma boa saúde intestinal, os alimentos funcionais exercem um papel fundamental, como por exemplo uma alimentação rica em frutas, vegetais, proteína vegetal, ótima ingestão de água, kefir, kombucha, biomassa de banana verde, alho por, farelo de aveia, uva, cacau, frutas vermelhas, etc. 

Ainda, de nada adianta uma alimentação saudável se não tiver um controle do estresse. Dessa forma, utilizar do comer consciente, terapia com psicólogo, momentos de lazer, sono de qualidade, meditação e exercícios físicos, também são necessários para uma boa saúde intestinal e cerebral. 

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